Casas deveriam ter sido entregues em 2013 e ainda não foram concluídas
Moradores da localidade de Seival, município de Candiota, realizaram um protesto ontem. Eles bloquearam a entrada e saída de veículos do local. O grupo, com mais de 80 pessoas colocou fogo em pneus e arbustos em três passagens.
Os moradores protestavam pela demora na entrega do Residencial Seival que começou a ser construído em junho de 2012 e a previsão de término era em dezembro do mesmo ano.
Conforme uma das contempladas, Josiele da Rosa, faltam apenas os vidros e os sanitários para a finalização da obra. Ela conta que as famílias beneficiadas já realizaram mutirão de limpeza dos terrenos, a pedido da prefeitura, e a cada dia a incerteza de receber o imóvel é maior.
Outro manifestante, Diego Correia Lima, argumenta que com o início das obras da Tractebel houve um aumento dos valores dos aluguéis e os moradores estão recebendo ordem de despejo para que os prédios sejam locados por um valor mais alto. "Dois contemplados do residencial estão sem ter onde morar porque não tiveram como pagar o valor do aluguel", observa.
Os moradores se dividiram em grupos e não permitiram a passagem da caminhões e ônibus que levavam funcionários para a terraplanagem da Tractbel. A obra não funcionou ontem. Os manifestantes afirmaram que se até a próxima semana a situação não tiver andamento, outros bloqueios e protestos serão realizados. As passagens foram bloqueadas por volta de 6h e continuaram até as 17h.
Prefeito conversa com os manifestantes
O prefeito de Candiota, Luiz Carlos Folador (PT), esteve no local conversando com os interessados e explicou a situação. Houve momentos de tensão entre o chefe do executivo e as pessoas.
Folador relatou que o residencial foi construído com R$ 600 mil do Ministério das Cidades e com contrapartida de R$ 600 mil do município. "A empresa que ganhou a licitação concluiu 95% da obra deixando a pintura, sanitários e vidros sem finalização", disse.
O gestor garante que as casas serão doadas para os contemplados sem nenhum pagamento. Cada prédio tem 45 metros quadrados. O prefeito informou que, na próxima semana, será realizado um novo processo licitatório para a conclusão da obra. "Os moradores precisam entender que a prefeitura precisa cumprir todas as exigências legais para poder entregar os prédios", salientou.
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