Safra de melancia sofre com chuvas e falta de mão de obra - PinheirOnline

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Safra de melancia sofre com chuvas e falta de mão de obra

Safra de melancia sofre com chuvas e falta de mão de obra

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Colheita da melancia começa nesse final de semana (Foto: )
Há anos a Zona Sul do Estado é considerada um dos polos de produção de melancia. A cultura está presente no município há mais de 40 anos. Porém, gradativamente, a área plantada caiu nos últimos tempos.
Entre os motivos estão a falta de mão de obra para a colheita e a perda de espaço para a soja. Mesmo assim, a safra deve ser de frutas de tamanho médio e bastante doces. O suficiente para agradar quem busca por esta que é uma das frutas mais consumidas da estação.
A produção no município ocorre em propriedades próximas à estrada da Capela da Buena. A colheita começa nesta semana. É em uma parte das terras altas que o produtor Odilon Silva mantém a tradição familiar. São os próprios membros os responsáveis por semear, arrancar a fruta do solo, carregar e vender o produto.
A casa da família é rodeada pelo verde da cultura predominante da soja. A visão contrasta com a de alguns anos, quando e melancia era a responsável por ocupar grande parte dos campos da região. A queda na área de plantio foi acentuada. No verão de 2012, por exemplo, juntos, cinco produtores mantinham cerca de 12 hectares da fruta no município. Atualmente esse número caiu para dois, em cerca de cinco hectares.
Odilon caminha com o neto Mateus, de 5 anos, entre os ramos da última variedade semeada. O pequeno é mais um das gerações criadas em torno da grande fruta. O produtor planta três hectares. Perto dali, seu cunhado possui outros dois hectares.
Em um bom ano a família retira da terra cerca de 50 toneladas. Mas se não bastassem problemas na hora da colheita, eles afirmam perder muitas melancias pelas más condições das estradas vicinais. O transporte inadequado "machuca" a fruta. Para manter a saúde do bolso, Odilon ainda cultiva milho e soja como garantias. Mas melancia significa dinheiro mais rápido.
ComércioCerca de 80 ou 90 dias depois de semeada, a fruta está madura. Quando chega hora da colheita, a esposa de Odilon, Cleusa Regina, vai para a margem da BR-293 montar a banca. "É o melhor jeito de vender, direto ao consumidor".
A comercialização da produção é toda voltada para venda em rodovias. O tamanho faz o preço variar, mas em média custa R$ 10,00.
As colheitas são consideradas tardias se comparadas ao resto do país, iniciando em janeiro e estendendo-se até março. O período propicia o envio do produto para outros estados das regiões Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste - época de entressafra nestas áreas. Mas a melancia que antes chegava às casas de várias famílias do país, hoje em dia praticamente não sai da região.
Há alguns anos Odilon chegou a enviar o produto a São Paulo, mas hoje não tem produção suficiente. "O mercado existe, mas temos problemas para levar a fruta mais longe."
"A queda foi na produção, não na qualidade", diz o produtor. Apesar de não exigir muita chuva, a fruta requer precipitações regulares para um desenvolvimento adequado e parelho. O ideal, ainda de acordo com Odilon, seria chuva a cada 15 dias.
Em função dos fortes temporais e ventos na região, as despesas com controles de insetos e fungicidas também estão maiores nesta safra. Entre as pragas da fruta, de acordo com a Emater, a traquinose - produz pintas pretas, porém sem contaminar o produto -, formigas e até lebres são as mais comuns.
Tendência negativa
A semeadura já foi concluída em toda a região. A fase predominante é de desenvolvimento da vegetação nos municípios de Pedro Osório, Arroio Grande e Herval e Pinheiro Machado.
Em todo o Centro Sul do Estado, de acordo com o informativo da Emater, o preço médio da melancia apresenta forte queda devido à grande oferta do produto. O produtor recebe em torno de R$ 0,30 pelo quilo da fruta, valor bem inferior aos R$ 0,70 registrados no início do mês. O preço ainda tende a cair nas próximas semanas. Quem colheu até esse momento obteve algum lucro, pois o preço, a partir de agora, deverá pagar somente os custos da produção e talvez nem isso.
A comercialização da melancia produzida no Estado concentra-se principalmente na Ceasa/Porto Alegre, às margens de rodovias e diretamente na lavoura. Grande parte do produto tem como destino final a região litorânea do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina.
Festa da melancia
Entre os dias 6 e 8 de março a cidade será palco da 11ª Festa da Melancia. O tradicional evento fortalece o cultivo e o consumo na região. Além da fruta in natura, há degustação de chimias de melancia, além da exposição de bancas de artesanato da agricultura familiar.
A corte foi eleita em dezembro de 2014. As escolhidas foram a rainha Larrisa Jeske, a 1ª princesa é Krystal Schimitd e a 2ª princesa é Silene Ritter. Segundo a Comissão de Eventos, a expectativa é superar o público de 13 mil pessoas registrado na última edição.
Nesta, como nas anteriores, a festa ocorre no entorno do Ginásio Municipal de Esportes. Paralelamente ocorre o 6º Levante da Canção Gaúcha. Os dois eventos são promovidos e realizados pela Prefeitura Municipal.
Benefícios do consumo
A ingestão da melancia não apresenta contraindicações. Segundo a Tabela Brasileira de Composição de Alimentos (Taco) em 100g de melancia contém apenas 33 Kcal e pouco carboidrato (apenas 8,1g em 100g). Assim, como uso medicinal, o consumo habitual ou periódico é muito importante para a saúde em vários aspectos:
- Seu suco, feito da polpa, ajuda a eliminar o ácido úrico, substância química que se acumula no organismo e que causa a gota, mais conhecida como reumatismo gotoso, responsável pela formação de cálculos renais - calcificação em forma de pedras nos rins. Atua, também, na limpeza do estômago e dos intestinos; é benéfico no controle da pressão alta. O uso do chá das sementes da melancia, secas e trituradas, também auxilia no tratamento da pressão alta.
- É eficaz nos tratamentos de acidez estomacal, mais conhecida como queima ou azia; da inflamação das vias urinárias; dos gases e dores intestinais e da bronquite crônica.
- É recomendada no tratamento da erisipela - inflamação aguda da pele -, quando o suco da casca e da polpa da melancia for aplicado sobre a parte afetada, em forma de cataplasma.
- A melancia possui atividade antioxidante e anticancerígena - protege contra câncer de útero, próstata, seio, cólon, reto e pulmão.

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