A Descida do Rio Camaquã chegou a sua 20ª edição neste final de semana. E, diferente dos outros anos, um marco importante para a história do rio foi assinado na manhã de domingo.
A lei, de autoria do vereador Antenor Teixeira (PP), que torna o rio Camaquã patrimônio, foi sancionada pelo prefeito, Dudu Colombo, no acampamento onde se concentraram os remadores, no distrito de Palmas.
Para Teixeira, autor da nova legislação, esta é uma forma de manifesto em prol da preservação do local. "`Percebi que o nosso protesto estava só por ele mesmo, não havia um elemento jurídico que regulamentasse a preservação, então surgiu a ideia do projeto de lei. A intenção, agora, é percorrer os 29 municípios por onde o Camaquã passa e pedir para que façam o mesmo. Caçapava do Sul, Lavras do Sul e Pinheiro Machado já sinalizaram positivamente", conta. Segundo o vereador, a ideia é que depois se apresente um dossiê à Assembleia Legislativa, solicitando que o rio se torne patrimônio estadual.
Para o prefeito, poder sancionar esta lei é um motivo de orgulho: "Com isto, garantimos que os órgãos responsáveis monitorem e garantam a preservação. O Camaquã é uma das poucas reservas ambientais totalmente preservadas no Estado, pois não há população ribeirinha, assim como não há lavouras que se estendam até o rio. Isso é muito raro", complementa.
Para o idealizador da Descida do Camaquã, Diogo Madruga, o momento é importante e reflete a solicitação que os remadores e moradores da região já fizeram em outras ocasiões ao poder público: "Esta é uma garantia de que não teremos as hidrelétricas que iriam poluir e acabar com a fauna da região", exemplifica. Madruga foi homenageado pela Câmara de Vereadores durante o acampamento.
A descida
As atividades contaram com 142 inscritos e cerca de 80 navegadores. Devido às chuvas da semana passada e a cheia do rio, a descida que seria no sábado teve de ser adiada para o domingo e sem a presença das crianças. No sábado, por sua vez, foi o dia das olimpíadas e envolveu todos os participantes.
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