Policiais militares patrulham Piratini a pé

É a pé que os 21 policiais militares lotados em Piratini têm patrulhado a cidade na última semana. O GM Prisma - única viatura da companhia que ainda rodava - estragou há cinco dias.

Para atender as ocorrências em localidades mais distantes do município de 3.539 quilômetros quadrados e 20 mil habitantes só usando o próprio carro ou contando com a ajuda de alguém da comunidade.

O problema já chamou atenção da Câmara de Vereadores que começa a organizar uma Frente Parlamentar de Segurança Pública e tenta agendar audiências com a cúpula da secretaria da área em Porto Alegre. "Nossa intenção é fazer uma grande mobilização pública e tentar sensibilizar o Governo do Estado sobre a necessidade de reforçar os investimentos na Brigada Militar em Piratini, pois não podemos ficar como estamos", diz o vereador Sérgio Castro, o Serginho (PDT), proponente da frente.

Informações levantadas pela Câmara dão conta de que o conserto das três viaturas - o Prisma e duas caminhonetas estragadas desde outubro de 2014 - não sai por menos de R$ 60 mil. Uma alternativa pensada pelos representantes da comunidade é de pedir ao governo que antecipe a entrega de uma caminhoneta Nissan Frontier adquirida na gestão passada e que só deve ser entregue em março.

Também falta gente
Além da falta de veículos o pequeno número de policiais militares lotados na cidade é outro problema que tira o sono das lideranças comunitárias. "No final da década de 80 haviam 82 PM's no município, atualmente são apenas 21 sendo que a cada turno de seis horas há somente dois trabalhando nas ruas", denuncia o vereador. E, pelas contas da Câmara a situação tende a piorar, pois a previsão é de que pelo menos cinco policiais se aposentem ao longo do ano, reduzindo para 16 o efetivo local.

O que diz o comando
Responsável pela companhia de Piratini, o comandante do 4º Batalhão de Polícia Militar (BPM), tenente-coronel Luis André Pithan diz ter ciência da falta de carros para o policiamento de Piratini e promete remanejar uma viatura de Pelotas para a cidade em, no máximo, 24 horas. Conforme o comandante os problemas mecânicos frequentes na frota das cidades do interior da região são causados pela tempo de uso. "Estas viaturas são muito desgastadas, pois há muito tempo não há uma reposição, mas enquanto a gente não conseguir novas vamos ficar empenhados", diz.

Resolver a falta de efetivo, no entanto, está longe da alçada do comandante e esbarra no decreto do governador José Ivo Sartori que suspendeu as nomeações de concursados aprovados.