Obesidade infantil: como cuidar da alimentação das crianças - PinheirOnline

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Obesidade infantil: como cuidar da alimentação das crianças

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A obesidade é considerada uma entidade clínica de tratamento e controle difíceis, um problema de saúde pública, com inúmeras consequências, como o aumento do risco para doenças metabólicas e cardiovasculares.
Na população brasileira, a exemplo do que acontece mundialmente, tem-se observado uma mudança nos hábitos alimentares determinada por fatores socioeconômicos e culturais, com maior consumo de açúcares e alimentos refinados, gordura saturada e proteína animal, e menor consumo de fibras, hortaliças e carboidratos complexos. Associados a essa mudança estão os hábitos sedentários, como o uso excessivo de videogames e computadores, em detrimento de atividades recreativo-esportivas, trazendo, como consequência, o ganho excessivo de peso.
De acordo com a médica pediatra Priscila Vargas, a prevenção da obesidade na infância deve ser realizada a partir de cuidados primários de saúde, âmbito em que a pediatria tem papel de destaque, realizando a monitoração ponderoestatual. “Dessa forma, quando for identificado o aumento excessivo de peso em relação à estatura, independente da idade, principalmente com pais obesos, há necessidade de orientação nutricional para evitar o desenvolvimento da obesidade, pois, uma vez instalada, fica muito mais difícil a reversão do quadro”, explica.

Leite materno: a melhor prevenção
Priscila também ressalta que cabe ao pediatra a promoção do aleitamento materno exclusivo até seis meses de vida, que protege contra a obesidade infantil, e a orientação adequada dos alimentos quando se inicia a alimentação complementar, assim como a observação de distúrbios de dinâmica familiar, que são importantes para a instalação e manutenção da obesidade na infância.
“A criança e o adolescente já obesos necessitam de controle adequado para prevenir a persistência da obesidade na fase adulta. Os melhores resultados são obtidos quando há participação ativa da família, no sentido de modificar hábitos alimentares inadequados e diminuir o comportamento sedentário. A troca de atividades sedentárias (TV, videogames, computadores) por passeios ao ar livre, caminhadas, andar de bicicleta, com o envolvimento dos pais, deve ser sempre incentivada”, conta a médica.
As intervenções em escolas também fazem parte das estratégias para controle da obesidade, informa a pediatra, pois o grande tempo de permanência dos alunos nas escolas, onde fazem uma ou duas refeições ao dia, durante cinco dias da semana, reflete fortemente nos hábitos dos pequenos. “Tais medidas podem ser feitas por meio da introdução no currículo escolar de matérias que forneçam informações corretas sobre a saúde, alimentação, nutrição e vantagens do exercício físico; atuação junto às lanchonetes ou merenda fornecida, assegurando maior disponibilidade de alimentos saudáveis e promoção de práticas esportivas”, salienta.
Ela também acrescenta que os resultados dessas intervenções podem não ocorrer em curto prazo, mas, certamente, irão influenciar o estilo de vida futuro dessas crianças, com impacto na saúde.
É consenso que a obesidade infantil vem aumentando de forma significativa e que ela determina várias complicações na infância e na idade adulta, ressalta Priscila. “Na infância, o manejo pode ser ainda mais difícil, pois está relacionado a mudanças de hábitos e disponibilidade dos pais, além de uma falta de entendimento da criança quanto aos danos da obesidade”, declara.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde, a prevalência de obesidade infantil tem crescido em torno de 10 a 40% na maioria dos países europeus nos últimos 10 anos.

Tipos
A especialista em saúde das crianças enfatiza que a obesidade pode ser dividida em origem exógena - a mais frequente - e endógena.
Para a endógena, deve-se identificar a doença de base e tratá-la. A obesidade exógena origina-se do desequilíbrio entre ingestão e gasto calórico, devendo ser manejada com orientação alimentar, especialmente mudanças de hábito e otimização da atividade física.
Quanto à orientação dietética, é fundamental que ela determine perda de peso controlada ou a manutenção dele, crescimento e desenvolvimento normais, ingestão de macro e micronutrientes em quantidades adequadas para idade e sexo, redução do apetite ou da voracidade, manutenção da massa muscular, ausência de consequências psicológicas negativas e manutenção dos hábitos alimentares corretos e modificação dos inadequados.
Finalizando, Priscila diz que crianças menores devem manter o peso ou ganhá-lo pouco, mais do que perder, para que não comprometam seu desenvolvimento.

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