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Novo sistema promete agilizar leitos no PS de Pelotas

Novo sistema promete agilizar leitos no PS de Pelotas

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Por meio das novas regras, a preferência de atendimento no PSP será de casos mais graves ou quando o município de origem não tem como diagnosticar o paciente por falta de estrutura (Foto: Moizés Vasconcellos - DP)
Por meio das novas regras, a preferência de atendimento no PSP será de casos mais graves ou quando o município de origem não tem como diagnosticar o paciente por falta de estrutura .
Em muitas cidades brasileiras, encontrar um leito no Sistema Único de Saúde (SUS) é quase como ganhar na loteria. Em Pelotas, a situação não é diferente e possui um agravante: além de atender seus mais de 340 mil habitantes (IBGE 2014), o município também é referência para outros 21 da Zona Sul, o que significa mais de 853 mil usuários potenciais, conforme dados do Banco de Dados da Zona Sul.
O fato gera demanda razoável de leitos por parte de pacientes vindos de outras cidades, exigindo jogo de cintura por parte da Central de Regulação para não deixar ninguém sem tratamento. Pensando em minimizar o impacto gerado pela grande procura, desde o início do mês a regulação de leitos em Pelotas baseia-se na resolução 128/2014.
O documento define o protocolo de acesso de usuários SUS vindos de outros municípios ao Pronto-Socorro de Pelotas (PSP) e foi desenvolvido pela Secretaria de Saúde de Pelotas (SMS), em parceria com a 3ª Coordenadoria de Saúde do Estado (CRS) e secretarias da região. A intenção é normatizar e sistematizar a forma como pacientes de outras cidades serão atendidos em Pelotas.
Por meio das novas regras, a preferência de atendimento no PSP será de casos mais graves ou quando o município de origem não tem como diagnosticar o paciente por falta de estrutura. A ideia é reforçar a vocação do PSP como referência em urgência e emergência, e impedir o uso da unidade como meio de acesso a leitos, algo comum hoje.
Mudança é lenta
Atualmente, o Pronto-Socorro é a principal porta de entrada para casos de urgência e emergência da região e a prova disso está nos números. Até a tarde de ontem, 41 pessoas aguardavam nos corredores do PSP o encaminhamento para leitos na rede pública de saúde. Destes, quase 24,4% - ou dez - eram de municípios da região, média dos últimos três dias.
Esta é a situação de Luís Carlos Nascimento, 52. Ele ficou 15 dias internado em hospital de São Lourenço do Sul até ser encaminhado ao PSP, onde permanece desde sexta-feira à espera de exames. Acompanhado pelo filho, Jardel Nascimento, 21, Luís Carlos esperava no corredor da unidade um diagnóstico para seu problema. "Até agora não sei o que meu pai tem. Ele já está cansado e nem os resultados dos exames sabemos ainda", revela Jardel.
Casos como o de Luís Carlos poderiam ser evitados se o protocolo estivesse sendo aplicado corretamente. Segundo a gerente de Regulação de Pelotas, Rosângela Soares, o paciente já ocupava leito em São Lourenço do Sul e por isso poderia ser enviado direto para internação em hospital de Pelotas, onde faria os exames necessários. "Mesmo que fosse preciso ficar em São Lourenço até abrir leito aqui, seria melhor do que ficar no corredor do PSP."
Para ela, a adaptação ao novo sistema de regulação tende a ser lenta e os resultados só poderão ser avaliados a médio prazo. Mesmo assim, ela reforça que o PSP continuará atendendo procuras espontâneas - quando o paciente vai sozinho ao PS em busca de socorro -, usuários encaminhados por pronto atendimentos e hospitais da região, além dos regulados pelo Samu. Apesar disso, estes poderão retornar às cidades de origem se existirem leitos disponíveis de acordo com sua patologia.

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