O painel "Campos nativos e pecuária: novas
perspectivas", realizado nesta segunda-feira (1º), no auditório do
prédio administrativo do parque Assis Brasil, em Esteio, durante a
Expointer 2014, apresentou os resultados da articulação internacional
para a pecuária sustentável no Bioma Pampa. Entre as ações está o
desenvolvimento de uma fórmula para calcular os serviços ambientais da
propriedade rural, além de avanços na comercialização de gado criado em
campo nativo. Um dos exemplos foi a realização do primeiro Remate
Alianza del Pastizal, em abril deste ano, que comercializou os 1.115
animais inscritos com preço 15% superior ao praticado no mercado.
"Além de contribuir para a organização do setor da
carne, valoriza o gado criado em campo nativo", disse Fernando Adauto,
dirigente do Sindicato Rural de Lavras do Sul, um dos organizadores do
evento realizado em abril, integrando o calendário de remates do Estado.
Em 2015 ocorrerá a segunda edição.
O evento teve a organização das secretarias
Estaduais de Meio Ambiente e da Agricultura, Pecuária e Abastecimento,
além da Fundação Zoobotânica e Alianza del Pastizal, entidade que
congrega produtores rurais, pesquisadores, governos e organizações da
sociedade civil do Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai, onde o Pampa
está distribuído.
Outra ação que valoriza o desenvolvimento
sustentável no Pampa é o Índice de Conservação dos Pastizales (ICP). A
fórmula reúne dados que indicarão os serviços ambientais que a
propriedade presta. Ela é composta pelo índice de campo nativo, índice
de cobertura vegetal, espécies de valor forrageiro, presença de espécies
invasoras, número e tipos de ambientes existentes na área, entre
outros.
No Rio Grande do Sul, 110 propriedades rurais
aderiram à Alianza del Pastizal, somando uma área de 80 mil hectares. O
ICP foi desenvolvido no âmbito do projeto estratégico "Incentivos à
conservação dos campos naturais do Cone Sul da América do Sul", do
governo do Estado.
Parceria com o frigorífico
A parceria com o frigorífico Marfrig foi o tema da
palestra de Marcelo Brasil, gerente de fomento comercial da Marfrig no
RS. Atualmente são cerca de 100 propriedades rurais credenciadas para
fornecer "carne à pasto". "Ainda temos muito a crescer. Hoje a demanda
pela certificação da carne à pasto do Estado vem da própria área
comercial da Marfrig, no centro do país", disse Brasil. Segundo ele, a
carne produzida nos campos nativos do Sul possui qualidade sem igual no
país, por isso a demanda do mercado por sua certificação.
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