Irga demonstra preocupação com excesso de chuvas - PinheirOnline

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Irga demonstra preocupação com excesso de chuvas

Irga demonstra preocupação com excesso de chuvas

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Safra passada apresentou quebra de 16% devido às precipitações acima da média


Crédito: ARQUIVO JM
Pela primeira vez, a Associação e Sindicato Rural de Bagé sediou o Seminário "Bagé, arroz em destaque", que neste ano teve sua 9ª edição. O evento que é realizado pelo Instituto Rio-grandense do Arroz (Irga) tem como objetivo a divulgação do trabalho de pesquisa com a certificação e rastreabilidade dos novos e já existentes cultivares, esclarecimentos sobre o novo decreto para indenização de granizo, rotação de culturas, cadeia produtiva e os resultados do 24º Núcleo de Assistência Técnica e Extensão de Bagé e região (Nate) do Irga.
O engenheiro agrônomo do Irga, Felipe Ferreira, abordou a produção, uso e disponibilidade de sementes de arroz irrigado, com destaque para a utilização de cultivares com certificação, como forma de garantir a boa qualidade e produtividade da lavoura. "Uma coisa que o produtor deve fazer ao adquirir a semente é exigir sempre o certificado de rastreabilidade, que facilita a buscar a origem do campo onde o cultivar foi produzido. Este tipo de tecnologia facilita o controle e combate de exóticas e invasoras."
Responsável pelo Nate, o engenheiro agrônomo, Juliano Quevedo, destacou o evento como ferramenta estratégica de difusão de tecnologia. "O Irga tem um caráter diferente da Embrapa e da Emater, pois une pesquisa e extensão. Seminários como este são importantes para levar ao produtor as novidades sobre a rotação de cultura, a integração pecuária-lavoura, sobre cultivares e a visão de sustentabilidade, não só financeira da, mas também a ambiental."  
Preocupação com o plantio
Conforme dados do Nate, a safra de arroz 2013/2014, em Aceguá, Bagé, Candiota e Hulha Negra, apresentou quebra de 16% em relação à colheita de 2012/2013. Na primeira, a produtividade foi de 6500 kg/ha, enquanto 7750 kg/ha. A avaliação técnica apontou o excesso de chuvas que atrasou o plantio e a falta de planejamento dos produtores para antecipar o preparo da terra.
Para a safra de 2014/2015, a preocupação com o tempo de preparo do solo e plantio se repete. "Existe um prognóstico climático para os meses de setembro, outubro e novembro de El Niño, ou seja, com chuvas acima da média. Este período crucial para a lavoura", observou Quevedo.
O agrônomo reforça a necessidade dos produtores planejarem melhor o preparo da terra, de forma a antecipar problemas climáticos. "Na safra passada, 40% dos produtores conseguiram preparar o solo e plantar na época certa, evitando a quebra. De modo geral é preciso antecipar este preparo do solo", pontuou.
Mercado
O diretor comercial do Irga, Eloi Thomas, palestrou sobre as mudanças nas diretrizes no decreto do granizo, que permite ao produtor indenização no caso de perdas nas lavouras por conta de chuvas com pedras de gelo.  O palestrante destacou a importância de o produtor possuir Licença de Operação para plantar. A falta do documento é o principal impedimento ao acesso  às indenizações.
Thomas destacou ainda a necessidade de qualificar o produtor para as operações de exportação. Conforme dados do Irga, o mercado interno consome 90% da produção do cereal, sendo que 68% de todo o arroz consumido no Brasil é cultivado no Rio Grande do Sul. "Temos o desafio de evitar que as exportações do Mercosul provoquem excesso de produto no mercado, o que reflete no preço. Para isso é necessário exportamos a nossa produção. No ano passado, foram exportadas 1,2 milhão de toneladas de arroz, neste ano estamos em 700 mil toneladas", reforçou.
Os principais mercados do arroz gaúcho são Cuba, Venezuela e alguns países africanos.    
"Casa do Produtor"
A atual direção da Associação e Sindicato Rural de Bagé tem adotado uma política de fazer do Parque de Exposição Visconde de ribeiro Magalhães a "Casa do Produtor", como defini o presidente Rodrigo Borba Móglia.
"Em julho tivemos a soja, em agosto arroz, em setembro a gestão e em outubro a pecuária. Aqui é a casa de quem produz, e por isso temos como política fazer da rural um espaço para a troca de informação, experiência, tecnologias. O Agronegócio é hoje uma indústria, com uma extensa cadeia produtiva e o produtor tem de estar atento à gestão da propriedade, ao mercado", frisou.
A Rural Jovem prepara para o dia 15 de setembro o Seminário de gestão Pecuária. Já para a 102ª Expofeira de Bagé, a diretoria da Rural prepara duas palestras voltadas para o mercado internacional da carne.


Fonte : jornal minuano
Por: Fernando Tólio

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