Evento debate a enologia no Pampa - PinheirOnline

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Evento debate a enologia no Pampa

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Com o objetivo de incentivar as vinícolas e vinhedos da região da Campanha, o Da Maya Arte, Cultura e Turismo, em parceria com a Associação Vinhos da Campanha e Associação de Vitivinicultores do Extremo Sul - Vitisul, promoveu, ontem, o 1º Encontro de Enologia no Pampa. O evento, que prossegue hoje, no restaurante Da Maya Porão, reuniu técnicos, professores e produtores para debatem temas que envolvem o setor e sua importância para o desenvolvimento regional. O evento acontece durante a quinta edição do Festival Internacional Música no Pampa (Fimp)  e está vinculado à Carta de Vinhos Regionais do restaurante Da Maya Porão – que reúne 10 empreendimentos vitivinicultores da região.
A diretora de Arte-Cultura e Turismo do grupo Da Maya, Eulália Anselmo, ressaltou que o encontro visa impulsionar, também, a procura pelo Roteiro Vinhos do Pampa, idealizado pelo grupo e lançado no início deste ano. “Buscamos apoiar todas as pessoas desse setor da vitivinicultura, que há mais de 10 anos vem trabalhando para o desenvolvimento regional e o grupo Da Maya acredita nas potencialidades da região”, declarou.

Palestras
A primeira palestra do evento foi do enólogo e presidente do Sindicato Rural de Pinheiro Machado, Rossano Lazarotto. O palestrante apresentou ao público a Associação de Viticultores do Extremo Sul (Vitisul). Lazarotto destacou que os associados são viticultores e empresas produtoras de vinhos dos municípios de Pinheiro Machado, Piratini e Pedras Altas e que buscam, na identificação geográfica da região em que as cidades estão localizadas, o nome de Altos do Pampa. “Isso porque estamos na parte mais alta do Bioma Pampa. Por isso, optamos por essa subdivisão para trabalharmos em nossos projetos, que hoje são cerca de oito, além de termos, também, como objetivos, estender ações de parceria para incentivar pesquisas para a qualificação dos produtos vinícolas e seus derivados”, mencionou o produtor.
Para Lazarotto, o setor deve apresentar escala para poder brigar com outros mercados. “Nós ainda temos pouca área plantada. Em nossa região são cerca de 18 mil hectares. Portanto, precisamos promover uma organização e também divulgar a indicação geográfica Altos do Pampa dos vinhos produzidos na região”, enfatizou o palestrante informando ainda sobre o projeto de construção de uma vinícola cooperativa pelos associados da Vitisul em Pinheiro Machado. “O nosso grande desafio é viabilizar os nossos projetos, pois o setor da uva é instável. Então, a união de forças é fundamental para concretizar esses trabalhos, termos forças para superar desafios do ponto de vista tributário e logístico”, pontuou.
Em seguida, a enóloga Gabriela Hermann Pötter abordou “A história de vinícola Guatambu”. O empreendimento de enoturismo, inaugurado no ano passado, foi destacado por ela: “conseguimos observar que, tendo uma estrutura bem planejada, consegue-se atrair turistas de outras regiões e até de países vizinhos”. Além dessa palestra, houve outra, com o engenheiro agrônomo Tauê Hamm, que falou sobre “Vinhos Peruzzo: uma expressão autêntica do terroir da Campanha” além degustações orientadas. O evento prossegue nesta sexta-feira, dia 1º de agosto.

 Potencialidades
O vínculo da região com a produção de vinhos remonta ao final do século 19, quando a primeira vinícola em Seival, de propriedade da família Marimon, foi instalada na Campanha.
De lá para cá surgiram iniciativas, como na década de 70, quando pesquisadores da Universidade de Davis, na Califórnia, Estados Unidos, em parceria com pesquisadores da Universidade Federal de Pelotas identificaram, na Metade Sul do Estado, uma larga faixa de terra na fronteira do Brasil com o Uruguai.
Conforme a pesquisa, essa faixa, de aproximadamente 270 mil hectares, tinha o potencial natural para o cultivo de uvas viníferas. Assim, com essa identificação, a empresa norte-americana National Distillers investiu cerca de 25 milhões de dólares no Projeto Almadém, sendo pioneira na implantação da atividade no ano de 1974, no município de Sant'Ana do Livramento.
Hoje, segundo os últimos dados do Cadastro Vitícola produzido pela Embrapa Uva e Vinho, o município de Bagé, por exemplo, possui cerca de 18 propriedades com uma área de vinhedos que totaliza 135,49 hectares. Em Candiota, a área de vinhedos é de 206,83 hectares pertencentes a três propriedades rurais. Outro município vizinho a Bagé, Dom Pedrito, conta com nove propriedades com vinhedos, somando 96,41 hectares.
Já em termos de produção, Bagé alcança uma média 1.007,51 toneladas de uvas. Candiota, por sua vez, produz 1 002,69 toneladas e Dom Pedrito soma 784,10 toneladas.
Esse novo cenário produtivo consolida-se com um mercado crescente que trouxe, inclusive, incentivos à educação profissional, com a criação, desde março de 2011, do primeiro curso brasileiro de bacharelado em Enologia, instalado no campus da Universidade Federal do Pampa, em Dom Pedrito.

www.jornalfolhadosul.com.br

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