Homem de iniciais R.M., é acusado de expor indevidamente imagem de menina deficiente auditiva.
Inaugurada a cerca de 1 ano em Piratini, a filial da Igreja Mundial do
Poder de Deus ficou conhecida por conquistar pessoas que até então se
diziam "descrentes", e ainda, comover religiosos de outras igrejas
evangélicas do município.
Na
bagagem do apóstolo Valdemiro Santiago, fundador e líder desta igreja,
existem diversos processos por supostos crimes, sendo que ele foi preso
em flagrante no ano de 2003 com algumas armas e munições ilegais.
Porém, engana-se quem pensa que este detalhe foi o estopim para a
decadência da instituição, pois após o fato, houve um crescimento
incomparável, que tornou-a uma das maiores neopentecostais do país.
Como citado, o avassalador crescimento em Piratini, impulsionou o
pastor, de iniciais R.M., e obreiros à buscarem novos horizontes, e
mudarem sua sede, para um espaço maior, e melhor localizado no centro da
cidade. Todavia, a prática de doações e compra de produtos simples, por
preços superfaturados, fez com que ela ficasse tachada como ludibriosa.
O fato mais grave, e que pode ter levado o então pastor a deixar o
município, foi um caso no qual ele está sendo investigado pelo crime de
charlatanismo. Ou seja, enganar a população com falsos milagres, é um
exemplo do delito.
Há cerca 1 mês, uma idosa e sua neta, deficiente auditiva, de
aproximadamente 14 anos, prestigiavam um culto, quando o pastor chamou a
menina até o palco, e retirou seus aparelhos auditivos. No momento,
outro membro da igreja tirou uma foto da cena, foto esta, que seria a
evidência necessária para provar a culpa do réu.
Mesmo sem ter sido curada, a imagem anunciava nas redes sociais o
falso-feito, o que causou indignação na mãe da jovem. Depois de saber do
ocorrido, ela procurou o Ministério Público, que encarregou-se de tomar
as medidas legais necessárias.
Em uma entrevista exclusiva, a mulher que pediu total anonimato para não
expor sua filha, disse ter ficado perplexa ao ver a publicação. "Não
sabia de nada, daí me ligaram avisando. Quando olhei, entrei em
desespero e não pensei duas vezes para tomar as medidas necessárias",
lembra.
Para ela, a função apresentada por aqueles que ministravam o culto, era
de apenas extorquir dinheiro da população. "Eles só querem enganar, para
poder arrecadar mais. O problema é que usam pessoas inocentes para
isto", avalia.
Tentamos contato com o acusado, entretanto, fomos informados que ele foi
transferido para a cidade de Pelotas, devido a um regulamento que
instipula a remoção de pastores à cada ano.
O delegado de polícia Edson Ramalho, que chefia as investigações, disse
que o investigado prestou depoimento ontem (12) na Delegacia de Polícia,
e posteriormente, o inquérito policial foi finalizado e remetido ao
Poder Judiciário.
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