Com a participação do governador Tarso Genro, secretários de Estado e a cadeia vitivinícola da Serra, o secretário estadual da Agricultura, Pecuária e Agronegócio, Luiz Fernando Mainardi, defendeu, na sexta-feira passada, em Bento Gonçalves, em reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES), a necessidade do governo de trabalhar toda a cadeia produtiva da uva.
Além de potencializar a produção daqueles que já estão na atividade com mais ou menos condições técnicas e econômicas, ele entende que a Secretaria tem oportunizado, também, ações aos setores que mais precisam.
De um lado, comentou que o Estado investe em capacitação de 600 produtores tradicionais de uva e vinho em regiões deprimidas econômica e socialmente.
Num contrato de R$ 2,2 milhões com a Emater, recursos do Fundovitis, técnicos entrarão nas propriedades para, junto aos produtores, ensinar manejos adequados, verificar a qualidade do solo e das videiras, por exemplo. O trabalho terá duração de dois anos e pretende fazer com que ocorra um aumento na produção e qualidade das uvas.
De outro lado, no entanto, lembrou da parceria com as prefeituras de Hulha Negra, Candiota, Pinheiro Machado e Santana do Livramento que está incentivando a produção de uvas em assentamentos como forma de diversificar a renda.
Num primeiro momento, disse Mainardi, 90 famílias vão participar do projeto-piloto.
A ideia é criar uma fonte alternativa de renda, além do leite, já tradicional nas pequenas propriedades. A segunda etapa será a construção de agroindústrias nos próprios municípios ou uma cooperativa para todos e agregar valor à produção, produzindo sucos e outros derivados.
Ainda com recursos do Fundovitis, que agora são repassados 50% ao Ibravin – antes eram 25% -, há também o olhar para a educação técnica. Em Garibaldi, 30 alunos filhos de viticultores poderão, já este ano, estudar na Escola da Família Agrícola.
Eles ficam uma semana na escola e outra em casa, levando o conhecimento à propriedade. Isso evita o êxodo rural e qualifica o trabalho da família.
Durante a reunião, o governo ouviu representantes de diversos setores da vitivinicultura da Serra e de outras regiões do Estado. Uma das principais solicitações foi de apoio no sentido de desonerações fiscais e mais fiscalização de produtos importados que entram pelas fronteiras com Uruguai e Argentina – temas que têm gerado fortes repercussões no RS, principalmente de produtores.
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