A lã ovina gerando mais renda no campo - PinheirOnline

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A lã ovina gerando mais renda no campo

A lã ovina gerando mais renda no campo

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Um dos pavilhões de destaque na XXX Feovelha é o destinado ao artesanato em lã. Matéria prima oriunda dos rebanhos ovinos do Rio Grande do Sul, a lã é uma ótima opção de produto com valor agregado para gerar renda no campo. Os motivos são vários, pois como um dos símbolos do estado, a ovinocultura e a utilização da lã na confecção de peças de vestuário ou mesmo peças de decoração unem a rusticidade à cultura típica dos gaúchos, que desde a colonização do estado utilizam peças de lã para combater o frio da região.
Um dos artesãos que estão expondo suas peças é Manoel Domingues, do município de Hulha Negra/RS. Ele e sua família trabalham e vivem exclusivamente do artesanato em lã. Por já criarem ovinos laneiros em sua propriedade, a esposa de Manoel participou de um curso de artesanato em lã, há cerca de cinco anos, e o interesse se espalhou por toda a família. O casal, com a ajuda de mais duas pessoas, começou a confeccionar artigos produzidos com a lã dos animais da sua propriedade, e como o trabalho se tornou muito rentável, abandonaram as demais atividades.  Para ele, o início do trabalho foi muito bom, pois como agricultores familiares, atualmente vivem apenas com o trabalho realizado com a lã de ovelha realizado na propriedade.
“Minha esposa foi a primeira a se interessar. Logo depois, ao vê-la trabalhando com a lã, me entusiasmei e também ingressei na atividade. Nós aproveitamos nossa criação de ovinos e começamos a produzir nossa própria lã. Todo o trabalho, do início ao fim da produção, é realizado pela família na propriedade rural”, conta o artesão.
Manoel comemora também a proporção que sua atividade está tomando: “Participamos em feiras fora do Rio Grande do Sul, como Brasília e Rio de Janeiro, e as pessoas valorizam muito o trabalho que realizamos por unir cultura gaúcha com a utilidade das roupas e peças criadas com uma matéria prima com um grande valor agregado.”

Apoio da Emater impulsiona artesanato em lã

A mostra do artesanato da 30ª Feovelha conta com muitos artesãos que contam com o apoio do SENAR e também da Emater. Neiva da Rosa Luiz, que participa da Feovelha há cerca de oito anos contou gostar muito do artesanato em lã, e participar de cursos e projetos promovidos por órgãos de apoio a agricultura familiar: “Gosto muito de participar e sempre que há a possibilidade eu venho. Já participei de várias cooperativas de artesanato com lã e com o apoio que recebemos, é mais uma forma de gerar renda para as famílias”.
A extensionista social da Emater, Elizabeta Cruz Neitske, conta que a feira do artesanato é promovida anualmente na Feovelha e conta com a participação de artesãos de várias cidades do RS: “Os artesãos trazem uma variedade grande de produtos, mas sempre usando a lã como matéria prima. Temos artesão de várias idades e o produto tem um valor agregado muito grande, pois não há nada mais Rio Grande do Sul, que o trabalho com lã ovina. Qualquer manuseio que façamos com a lã agrega valor ao produto. Uma lã crua tem um valor, e uma lã já limpa, fiada e trabalhada como artesanato tem um valor ainda muito maior.”
Apesar do valor elevado da lã trabalhada, a produção ainda é pequena no estado: “Lamentamos a pouca produção no estado. Gostaríamos que os criadores investissem na lã, pois é uma técnica básica, com alta remuneração. Já quebramos um paradigma importante de que a lã é rústica. Há peças aqui que poderiam estar à venda em lojas nos maiores shopping centers do país”, termina Elizabeta.

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